sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Top 5 alternativo de 2016


Todo ano costumo fazer no Facebook um Top 10 com os melhores filmes do ano, mas também uma lista mais descontraída, com alguns Top 5 com categorias alternativas, destacando filmes que foram ou supervalorizados ou pouco badalados ao longo do ano. A lista obviamente se concentra em filmes que tiveram destaque crítico, e não em projetos natimortos ou muito pequenos; a escolha dos piores filmes, por exemplo, tem mais a ver com a excessiva pretensão do projeto (e com a injustamente boa recepção que tiveram por alguns críticos) que propriamente com a qualidade fílmica em si (a ausência de blockbusters de herois é prova disso; como nem considero objetos criticamente relevantes, estão fora do jogo). Seguem as listas

Os “não rolou” (não são lá "ruins", mas ou foram supervalorizados pelos colegas ou meu radar de “truque” apitou forte): 
- "Carol" (preocupação formal demais, paixão/amor/calor de menos) 

- "Boi Néon" (o filme que devia operar no nível do instintivo, mas que é intelectualizado, pré-calculado, superescrito em excesso)  

- "De Longe te Observo" (outro que talvez funcionasse quando era roteiro – mas, como filme, não ‘acontece’) 

- "A Chegada" (uma gigantesca ‘bar forçation’ [como diriam os britânicos, rsrs]) 

- "Na Ventania" (oh, que lindo preto e branco estetizzzzzado zzzzzz)

As decepções (expectativa alta, mas quebrei a cara)
- "As Montanhas se Separam" (não dá pra aceitar um filme com simbolismos do naipe: ‘Para representar a ganância capitalista, vou batizar um personagem de... Dólar!’. Sério, Jia: tu é capaz de coisa BEM melhor) 

- "O Filho de Saul" (filme de quem espera na porta da sala pra receber os cumprimentos pelo grande aporte à ‘Arte com A maiúsculo’) 

- "Youth" (wtf Sorrentino?? Vontade de bandear pro lado dos haters) 

- "O Botão de Pérola" (a fórmula deu megacerto em "Nostalgia da Luz", mas aqui o malabarismo do roteiro simplesmente não funciona) 

- "BR 716" (Domingos Oliveira é um chato genial e adorável, mas "Caio Blat imitando Domingos Oliveira" é das coisas mais insuportáveis do mundo)

As surpresas (não dava nada por eles, mas adorei)
- "Elis" (super assistível e com Andréia Horta carregando o mundo nas costas)

- "Nise, o Coração da Loucura" (simples e muito tocante; cinema convencional da mais alta qualidade) 

- "Rua Cloverfield 10" (o blockbuster [sem ser] do ano)

- "Amor e Amizade" (simplesmente delicioso – talvez o melhor filme que ninguém viu do ano)

- "Florence, Quem É Essa Mulher?" (ri bastante; traz um ótimo Hugh Grant e a melhor Meryl em anos)

A lista da desonra (nem precisa de comentários) 
- "O Demônio de Néon"

- "Joy"

- "Tudo Vai Ficar Bem"

- "A Grande Aposta"

- "Capitão Fantástico"


 


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